Dicas de Saúde

Reposição hormonal em homens

Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecido como “andropausa”. Trata-se de uma síndrome caracterizada por sinais e sintomas persistentes relacionados à deficiência do hormônio sexual masculino, confirmada através de exames laboratoriais que demonstrem baixos níveis de testosterona no sangue. Pode ocorrer em homens com mais de 40 anos e inclui sinais e sintomas que estão ligados à deterioração física, mental e da atividade sexual. Diferentemente da menopausa nas mulheres, o processo de deficiência de hormônios nos homens é mais gradual. Consequentemente o quadro clinico não aparece de maneira tão abrupta, desenvolvendo-se gradualmente e variando de paciente para paciente, dependendo da idade de início do declínio, duração e severidade da deficiência. Os sintomas mais comuns são: - Infertilidade masculina; - Diminuição do desejo e da atividade sexual; - Disfunção erétil; - Diminuição das ereções noturnas; - Diminuição de pelos corporais (por exemplo: pelos axilares e pubianos); - Diminuição do volume e da consistência dos testículos - Ginecomastia; - Perda de massa e força muscular; - Obesidade visceral; - Diminuição da densidade mineral óssea (osteoporose), aumentando o risco de fraturas; - Fogachos (instabilidade vasomotora); - Mudanças no humor, fadiga e irritabilidade; - Distúrbios do sono; - Síndrome metabólica (hipertensão, obesidade e dislipidemia); - Diabetes mellitus; - Diminuição das funções cognitivas (atenção, memória, raciocínio, etc.). Os principais objetivos da reposição hormonal masculina são: Restaurar os níveis normais de testosterona nos homens com deficiência de testosterona, recuperar a força e massa muscular, melhorar a composição corporal, manter a densidade óssea (reduzindo o risco de fraturas), melhorar o controle glicêmico e os distúrbios do colesterol, melhorar as funções cognitivas e a irritabilidade, melhorar a função sexual masculina, a sensação de bem-estar e a qualidade de vida de uma maneira geral. É muito importante salientar que, apesar da terapia de reposição de testosterona ser muito importante no controle dos sintomas, muitos homens com déficit hormonal têm alguma doença crônica, são obesos, sedentários ou sofrem com estresse (problemas financeiros, falta de parceira, etc). Nesses casos a mudança de estilo de vida, perda de peso e a identificação e tratamento adequado de comorbidades (como a depressão) são mais importantes que a reposição hormonal isoladamente. Dr. Jose Eugenio A. Rocha Junior Médico Urologista CRM 4542

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Por
José Eugênio A. Rocha Jr
Medico

Calvície tem tratamento

Imagine perder uma das partes do corpo mais importantes para uma mulher: o cabelo. Quase um terço da população mundial, ou dois bilhões de pessoas, têm problemas relacionados à calvície. Entretanto, os números alarmantes não são motivos de preocupação, já que estão disponíveis diversos tratamentos para prevenir, reverter e evitar a calvície. “A partir dos 30 anos de idade a calvície atinge 25% dos homens, alcançando 50% deles a partir dos 50 anos. Enquanto que as mulheres são afetadas principalmente quando acima dos 60 anos de idade”, revela o cirurgião plástico Roberto Vieira. A perda total ou parcial dos cabelos tem causa multifatorial e pode estar relacionada à genética do indivíduo. “O homem geralmente possui a androgenética como principal causa da calvície”, diz Vieira. Já o gênero feminino tem uma maior variedade de causas, como as emocionais, nutricionais, uso de medicamentos e produtos capilares. “Todas levam a alteração do ciclo biológico do cabelo na duração das suas fases. Transformam os cabelos em finos, pequenos e fracos. E, posteriormente, levam a sua queda”, completa. Vaidade feminina A tecnologia na indústria de cosméticos avança a cada dia, mas ainda assim os tratamentos químicos que grande parte das mulheres realizam nos cabelos são fatores que levam a perda de cabelo. De acordo com o especialista, as agressões sofridas pelo fios resultam na queda. ” A microscopia mostrou que vários produtos químicos, o calor e a tração agridem o fio capilar e quando utilizados em intervalos curtos de tempo resultam em sua morte celular”, completa. Para ele, os mais nocivos são os que trazem o formol acima da concentração recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e as “chapinhas” quentes. O ser humano normal possui entre 100 mil a 150mil fios de cabelo. E, todos os dias, caem de 50 a 100 fios naturalmente. “Todavia, o mais importante é saber se a porcentagem de queda capilar está normal para aquela faixa etária”, afirma o médico. Microtransplante Quem está preocupado com a perda de cabelos deve procurar ajuda especializada, para que seja avaliada qual a causa do problema. Os medicamentos orais que bloqueiam a enzima 5-alfa-redutase tipo II (vilã da calvície); loções que atuam nos canais de potássio das celulas do cabelo e lasers que melhoram a vasodilatação do bulbo capilar são alguns dos tratamentos. “Todos atuando para melhorar o ciclo vital do cabelo. E o transplante capilar sendo indicado para os indivíduos que perderam e não podem mais recuperar os cabelos”, esclarece. A cirurgia do microtransplante capilar é uma realidade para a pessoa calva, que não possui o bulbo capilar. No procedimento, os folículos saudáveis são transplantados da nuca do paciente, através do uso de microscópios e lupas de aumento, para as áreas da calvície. “Desta forma, o cabelo transplantado passa a nascer, crescer e se renovar como um fio normal. Por isso, a técnica pode ser utilizada também para reconstruir sobrancelhas e cílios das pálpebras”, acrescenta o médico. Outros cuidados, como lavar os cabelos todos os dias com xampu sem sal e pH neutro, tratar a calvície, evitar o uso de anabolizantes, drogas, fumo e álcool também ajudam a prevenir a queda dos fios. Dr. Roberto Vieira Cirurgião Plástico CRM 4331 RQE 2579

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Roberto Bezerra Vieira
Médico

Hipotireoidismo

Diversas patologias podem acometer a tireóide, dentre elas, cistos, nódulos e os distúrbios hormonais. Dentre as disfunções hormonais, o hipotireoidismo é o mais comum, ele é caracterizado pela diminuição da produção dos hormônios T3 e T4 e pode ter causas diversas. Acomete, principalmente, idosos, mulheres, pessoas com histórico familiar de doenças tireoidianas e até indivíduos que usam determinados medicamentos que podem interferir no bom funcionamento da glândula (remédios para arritmia, por exemplo). Os sintomas relacionam-se a alterações no metabolismo, porém podem ser muito inespecíficos e retardar o diagnóstico; por exemplo, pele seca, sonolência, indisposição, fadiga, déficit de memória, intestino preso, queda de cabelo e unhas fracas. Dentre as causas do Hipotireoidismo, a principal é a chamada Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, caracterizada pela produção de auto-anticorpos, células de defesa produzidas pelo próprio corpo, que por um defeito, passam a agredir a glândula tireodiana a ponto de não permitir a produção suficiente dos hormônios T3 e T4. O hipotireoidismo não tem cura, porém há tratamento, ele é medicamentoso e bem simples. Caso você sinta algum desses sintomas, procure um endocrinologista e solicite a investigação de alterações na sua tireoide. Os exames laboratoriais são simples e podem ser realizados em uma coleta de sangue. São eles: TSH, T4 livre, T3, Anti-Tireoperoxidase, Anti-Tireoglobulina. Dr. Victor Hugo V. Barroso Médico Endocrinologista CRM-AM 6750

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Victor Hugo Vieira Barroso
Médico